O Ciclo do Carbono consiste na transferência do carbono na Natureza.
O elemento carbono (C) é o principal constituinte de tudo o que é orgânico e embora o dióxido de carbono (CO2) represente apenas 0,33% dos gases que compõem a atmosfera, este é um elemento que nos últimos anos tem provocado mudanças profundas em todo o mundo.
O elemento carbono é encontrado na atmosfera na forma de gás originado quase todo ele pela respiração dos seres vivos.
Através da fotossíntese e outras formas de biossíntese, os átomos de carbono são captados pelas plantas e outros seres vivos, passando a fazer parte das moléculas orgânicas (glícidos, prótidos, lípidos, etc.) que os constituem.
Através das cadeias alimentares, os átomos de carbono deslocam-se para os tecidos de todos os outros organismos do ecossistema.
Contudo, é pouco provável que o mesmo átomo de carbono passe por muitos organismos num único ciclo, porque em cada passo há grande possibilidade de o consumidor utilizar a molécula orgânica na respiração celular.
Quando tal acontece, os átomos de carbono são libertados para o ambiente na forma de dióxido de carbono, o que completa um ciclo mas, naturalmente, inicia outro.
Da mesma maneira, a combustão de matéria orgânica faz com que os átomos de carbono passem para a atmosfera sob a forma de dióxido de carbono.
Assim que ocorre a morte dos seres vivos, os cadáveres, pela acção dos decompositores, são decompostos e mineralizados.
Em determinadas condições, os cadáveres e detritos acumulados podem provocar um abrandamento do ciclo do carbono, pois este pode ficar armazenado sob diversas formas (húmus, carvões, petróleos, etc.) que podem ter uma decomposição mais ou menos lenta.
Na água, esse abrandamento ou mesmo estagnação do ciclo pode ocorrer quando o dióxido de carbono se acumula sob a forma de carbonato de cálcio (calcários, margas, corais, etc.) de origem biogénica ou química.
O teor do ar em dióxido de carbono (0,033%) resulta de trocas complexas entre a biosfera, a atmosfera e a hidrosfera.
A fotossíntese permite o seu armazenamento sob a forma de matéria orgânica, enquanto a respiração, a fermentação e as combustões o restituem continuamente ao meio.
Nos últimos anos desde a Revolução Industrial temos presenciado uma drástica mudança no ciclo do carbono. Durante muito tempo esse ciclo permaneceu estável com a libertação de na CO2 atmosfera estando contrabalançada pela sua absorção pelos organismos autotróficos e vice-versa.
Contudo, o processo de industrialização e a consequente utilização de combustíveis fósseis, além de um aumento nos níveis de consumo, têm ampliado de forma vertiginosa o lançamento de dióxido de carbono na atmosfera tornando prejudicial um fenómeno essencial para a vida na terra: o Efeito Estufa*.
* [fenómeno resultante da retenção de calor na atmosfera, de calor, mantendo a temperatura estável e amena].
O uso de combustíveis fósseis, os incêndios e a destruição das últimas grandes florestas da Terra, tem provocado o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera.
Uma vez que, este gás retém o calor na atmosfera é ele o grande responsável pelo agravamento do efeito de estufa, tendo como consequência, por exemplo, o aquecimento global.